Ter o primeiro filho envolve uma aura de alegria e realização de um sonho. Ainda assim, sabemos que vêm os momentos de incertezas, aqueles questionamentos que as mães de primeira viagem fazem para si mesmas, para a rede de apoio e para os médicos.
Estou dando banho certo? Será que dou chupeta ou não? Qual é o tempo ideal para a amamentação? Quando introduzir novos alimentos?
E, além das dúvidas sobre o filho, surgem as inseguranças relativas a nós mesmas, mulheres e indivíduos que estão vivendo algo inédito na vida. Assim como a criança está aprendendo tudo, a diferenciar fome e dor ou a falar, por exemplo, também estamos em constante aprendizado sobre ser mãe.
Essa dor é normal ou há algo errado comigo? Como explicar esse assunto complicado ao meu filho? Como arrumar tempo para mim se mal consigo dormir? Qual o limite para não ser superprotetora nem relapsa?
Não temos a resposta para todas essas perguntas, cada pessoa é única e cada família tem seus hábitos. Mas podemos oferecer alguns conselhos e dicas de maternidade para você aproveitar esse período com menos cobranças e mais leveza.
Dicas para mães de primeira viagem
1. Não se esqueça de cuidar de você
Não vamos vir com discursos de que você deva ir toda a semana à manicure, por exemplo. Mas queremos lembrá-la do básico: se alimente bem e cuide da sua saúde.
Na pressa, podemos oferecer aos filhos o melhor e, para nós, negligenciar o bom e velho arroz e feijão por não ter tempo de preparar, esquecer de beber água, e por aí vai. O mesmo com a higiene: vai tomar banho? Com mais três minutos você também passa um bom hidratante na pele e se mantém saudável.
2. Organize o que é essencial
Sabendo que não pode esquecer de si mesma, prepare uma lista com o que é fundamental para você. Toma algum remédio? Anote os horários, coloque lembretes no celular.
Tem dificuldade de manter a alimentação regrada? Escreva que você deve comer bem para de vez em quando ler a lista e se relembrar. Estipular um cardápio para cada dia da semana também pode ajudar. Tem plantinhas ou animais de estimação? Considere o cuidado com eles, entre outros pontos.
Faça o mesmo com o que é essencial para a criança para organizar as necessidades dos dois.
3. Mantenha uma rotina
Ter a lista de prioridades já é o passo inicial para criar uma rotina. Assim, você organiza as atividades essenciais para que nada seja deixado de lado.
Tente, por exemplo, levantar, realizar as refeições, dar banho na criança, regar as plantinhas sempre no mesmo horário. Alguns dias com certeza serão atípicos: um médico para ir, uma cólica que deixou o bebê inquieto. Tudo bem, outro dia você se adequa à rotina novamente.
O importante é não perder o fio da meada com esses episódios. Tendo clareza sobre suas atividades essenciais, você tem um guia para voltar à rotina.
4. Não tenha receio ou vergonha de pedir ajuda
Você não precisa – e nem deve – fazer tudo sozinha. Uma semana está mais puxada? Não tem problema pedir para uma familiar preparar algo para você comer, cuidar da criança para você tomar um banho longo, brincar com seu pet.
Todos precisam de uma rede de apoio e, na vida, nós também somos a rede de apoio de alguém!
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5. Não se culpe demais
Imprevistos acontecem, principalmente no que está relacionado a crianças. Elas estão fortalecendo seus sistemas imunológicos e, “do nada”, ficam doentes, demandando mais atenção. Você pode pedir para alguém ajudá-la a cuidar da criança sem culpa nenhuma, não precisa carregar o mundo nas costas.
Crianças brincam e, às vezes, caem e se machucam mesmo com a supervisão de um adulto. Você não precisa se preocupar além da conta. Depois as feridas cicatrizam e as lembranças boas permanecem.
Além de que, como mãe de primeira viagem, você pode vir a cometer algum “erro” (o que é, na verdade, um termo bem relativo) justamente pela falta de informação. Conversou com o pediatra ou com alguém mais experiente e percebeu que isso pode ser feito de uma maneira melhor? Tudo certo, comece a fazer assim e siga a vida sem se remoer!
6. O seu filho não é uma versão de você
É claro que influenciamos nos hábitos, gostos e atitudes dos nossos filhos. As primeiras músicas que eles ouvem são as que nós ouvimos, se eles julgam comer de boca aberta como falta de educação é porque, provavelmente, escutaram isso de nós.
Mas uma criança tem a sua própria personalidade e seus sonhos. Ela entrará em contato com outras pessoas e conhecerá outras músicas que pode gostar também. Quando adulta, talvez não siga na profissão que gostaríamos que seguisse. Somos seres únicos.
Bônus: livro “A mochila que pesava demais”
Deixamos com bônus a sugestão de uma obra que justamente reflete sobre individualidade, a expectativa colocada sobre os filhos e os limites do zelo materno. Aqui, conhecemos Pedro, um jovem estudante com uma mochila verde que carrega livros, cadernos, o estojo e o cuidado excessivo da mãe.
Uma história de amadurecimento capaz de alcançar diferentes gerações, agora em nova edição da Editora do Brasil.
E aí, mãe de primeira viagem, aproveitou nossas dicas de maternidade? Para mais conteúdos sobre família, educação dos filhos e leitura, acesse o portal Livríssimo e nos siga nas redes sociais.
