Clássicos em quadrinhos, vale a pena ler?

Leitor é quem lê. Ponto final. Leitor é quem lê romances longos, curtos, livros com mais imagens do que palavras ou qualquer outro tipo de obra,  o que inclui as histórias em quadrinhos. Se você quer fomentar o hábito de leitura em seus filhos, deve dar uma chance para esse gênero pura e simplesmente porque ler é bom. Muitas pessoas têm a imagem de um leitor como uma pessoa de óculos, curvada sobre um livro enorme e com algum título “clássico”, mas existem tantas outras maneiras de ler e uma delas é, inclusive, clássicos em quadrinhos. 

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O formato de quadrinhos é atraente

Ver uma página cheia de palavras pode ser intimidante para alguém que está iniciando sua vida de leitor, mas, e se as imagens ocuparem mais a página? Sim, esse pode ser um ótimo recurso para crianças e também adultos. Literatura e HQ conversam perfeitamente, uma vez que este formato pequeno é muito mais gerenciável. Uma criança pode não querer ler um parágrafo, mas pode ser convencido a ler um balão de palavras,  depois outro e outro…

Há também o aspecto visual, é claro. Bons quadrinhos parecem contar boas histórias. Além disso, o ritmo é outra vantagem. Em prosa, os pequenos, ainda em processo de alfabetização, normalmente sentem que a velocidade é ditada pela dificuldade das palavras. Mas, os quadrinhos não se tratam apenas das palavras lidas, são também sobre visualizar e sentir a cena para que a mente preencha as lacunas entre as imagens. 

O aspecto visual não só é legal, como também pode ajudar as crianças e jovens a ler clássicos em quadrinhos, que de outra forma poderiam ser evitados por medo da complexidade. Ao contrário dos livros ilustrados nos quais você normalmente têm imagens que representam uma cena, as imagens nos quadrinhos descrevem todas as ações da cena, e essas imagens consolidam a compreensão do leitor sobre o texto. Se houver palavras que eles não conheçam, é provável que entendam o significado com base no que vêem.

Clássicos em quadrinhos: por onde começar?

Recentemente, a Editora do Brasil lançou algumas novidades para quem quer se inserir ou inserir uma criança na leitura de quadrinhos e o fator especial é que se tratam de histórias clássicas, reformuladas para o formato: A revolução dos bichos, de George Orwell, e O navio negreiro e outros cantos de Castro Alves. 

No catálogo da editora, também é possível encontrar adaptações de outros autores clássicos: Os faroleiros e outros contos de Monteiro Lobato; Missa do Galo e outros contos de Machado de Assis; O peru de Natal e outros contos de Mário de Andrade; e Civilização e outros contos de Eça de Queiroz. Há também o título Louco por HQs, que conta a história de Caio, um adolescente fã de histórias em quadrinhos. Foi essa paixão que o ajudou a aflorar o talento de escrever roteiros para suas próprias histórias, tal como fazem seus ídolos. Porém, Caio não sabe desenhar e está em busca de alguém para ilustrar seus roteiros. 

Assim, ele conhece Olívia, fã de mangás e que parece ter saído diretamente de um deles. Em meio às mudanças pelas quais está passando, Caio terá ainda de entender Olívia e o choque que ela causou em sua vida com uma visão um tanto diferente das coisas. O final dessa surpreendente narrativa tem tudo para fazer parte do mergulho dos seus filhos no universo das HQs.

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