Brincalelê! Nossa família inventadeira de histórias. Histórias que viram brincadeiras, brincadeiras que viram histórias, com dicas de Penélope Martins.
Brincalelê! Amar a Matemática?
Matemática é o tipo de assunto controverso: ou as pessoas amam, ou dizem que odeiam. Mas será que desde criança somos tão avessos à construção de saberes matemáticos?
Vamos imaginar um experimento simples, como oferecer para uma criança um, dois, três carrinhos e subtrair algum deles. Essa criança provavelmente vai procurar pelo objeto escondido. A percepção de quantidade é dessas noções básicas de matemática que incorporamos em diferentes circunstâncias.
Outra situação bastante comum quando observamos as brincadeiras das crianças é a organização dos objetos em grupos, sequências, criação de padrões para montar jogos ou desenhar.
A matemática em nosso cotidiano
É surpreendente como a matemática aparece até para estabelecer um eixo de entendimento sobre si. Por exemplo, ao medir e marcar a altura de uma criança, periodicamente, os números e a unidade de medida servem como motivo para compreender e celebrar as fases pessoais de desenvolvimento.
Unidades de medida; forma, volume, agrupamento e padrão para sequência de objetos; contagem; probabilidades: tudo isso é matemática inserida no cotidiano. Para ajudar as crianças e também os adultos que convivem com elas, brincar com alguns conceitos matemáticos pode servir de estímulo positivo para estabelecer uma relação de afeto com essa ciência.
Nossa sugestão é desenhar padrões ou correr para a cozinha para brincar com matemática desde a hora do lanche.
Vamos lá?
Primeiro passo: separe frutas de diversos tipos.
Segundo passo: apresente cada um dos ingredientes sobre a mesa, enfileirando as frutas, comparando suas formas e tamanhos.
Terceiro passo: após cortados, organize-os, separadamente, em potes do mesmo tamanho para confirmar a comparação de quantidade entre os ingredientes.
Quarto passo: deixe que as crianças montem a salada de frutas em uma travessa, criando uma sequência, intercalando os ingredientes por cores e construindo um padrão.
Quinto passo: peça para que as crianças fotografem o resultado da montagem.
Sexto e último passo: utilize o registro fotográfico para estimular, em outro momento, uma brincadeira de detetive, com investigação em objetos que existem na casa que apresentem estampas ou organização de formas com padrões.
Ah, uma dica, para manter os pedacinhos de maçã ou pera sem oxidação, utilize suco de limão (essa experiência adiciona vontade de pesquisa e mais saberes à brincadeira, hein?) E não se esqueça de devorar a salada de frutas com toque especial de amor à matemática!
Veja também: Brincalelê! De cá pra lá, simetrias e palavras
Nossa dica de leitura
Amar matemática é reconhecer sua linguagem como essencial para as relações humanas, tanto para conhecermos a nós mesmos quanto para nos expressarmos e nos relacionarmos com os outros.
A Coleção Matemática em histórias, do autor Luiz Roberto Dante, utiliza recursos da literatura para criar narrativas que englobam os elementos e os conceitos da matemática, criando enredos bem próximos ao cotidiano das crianças para integrar conhecimento de uma maneira fácil e bem divertida.