O Livríssimo entrevista Rosinha, autora e ilustradora de literatura infantil com diversos títulos publicados pela Editora do Brasil. Suas obras exalam poesia, tema pelo qual a escritora é apaixonada e premiada.
Seu livro “O mar de Cecília” ganhou os selos Seleção da Cátedra UNESCO (PUC-RIO) em 2017 e Altamente Recomendável FNLIJ – Categoria Poesia em 2018 e o Prêmio FNLIJ – Categoria Poesia em 2018.
Confira o que ela falou para a gente!
Livríssimo entrevista
Livríssimo: A respeito de sua carreira como escritora e ilustradora, como você, arquiteta por formação, mergulhou no mundo da literatura infantil?
Rosinha: Foi paixão mesmo. Eu tinha escritório, sócia e clientes. Mas me apaixonei pelo livro para a infância e desde então minha vida passou a ser toda em torno dos livros: pesquisas, estudos, trabalhos, amigos, viagens.
E também dou aulas sobre ilustração numa escola (Usina de Imagens) que criei junto com uma amiga ilustradora, Anabella López.
Livríssimo: A poesia parece ser uma grande fonte de inspiração em sua carreira como escritora. Quais poetas mais a influenciam?
Rosinha: São vários: Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski, Ariano Suassuna, Manoel de Barros, Mário Quintana.
Livríssimo: Falando em poetas (e poetisas), “O mar de Cecília”, inspirado em Cecília Meireles, ganhou diversos prêmios. Como foi a concepção desta obra? Como você se sente perante este reconhecimento?
Rosinha: Foi um trabalho bem intenso, um mergulho profundo. Na época estava me questionando se eu era ou não autora, tentando entender o meu processo de criação. Acredito que tentando entender o processo de uma poeta que eu admiro tanto, acabei submergindo em minhas próprias questões.
Fiquei muito feliz que o livro tenha sido premiado. É uma pista de estar no caminho certo.
Livríssimo: Outro tema presente em sua obra é o folclore brasileiro. A coleção Akpalô – Cultura Popular, inclusive, é um sucesso da Editora do Brasil e brinca com trava-línguas, adivinhas, cantigas de roda e outros elementos. Como você buscou abordar uma brincadeira folclórica em cada livro? Foram muitas pesquisas para conceber a coleção?
Rosinha: A poesia popular é um dos temas que me são mais caros. É um material ancestral, um dos primeiros que a criança tem acesso, que cria vínculos e que une corpo e alma em momentos que vão fazer parte da vida de uma pessoa para sempre.
Pesquisei bastante sim. Procurei mesclar algumas poesias tradicionais, criar poesias novas, usá-las dentro de narrativas. Foi um trabalho que me fez muito feliz em realizar.
Livríssimo: Além de escritora, você também ilustra seus livros. Como ocorre o processo de ilustração? Por exemplo, antes, durante ou após a escritura?
Rosinha: Na realidade sou uma ilustradora que escreve também. A ilustração sempre foi o meu ofício.
Geralmente penso primeiro numa estrutura de texto e depois vou fazendo uma conversa entre as duas linguagens.
Para concluir…
Livríssimo: Que conselho você passaria para os pais e responsáveis de crianças para ajudá-los a instigar a leitura nos pequenos?
Rosinha: Ser leitor também sempre é um bom caminho. Os filhos aprendem pelo exemplo. Ter o livro como um objeto de afeto, valorizado. E ler junto com eles. Isso cria vínculo com o livro e com os pais.
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