A arte de contar histórias

A forma mais antiga da arte de contar históriasdescoberta está nas cavernas de Lascaux, nas montanhas dos Pirineus, no sul da França. A série de pinturas rupestres, que datam de cerca de 15.000 a 13.000 a.C., retratam uma variedade de animais e a imagem de um ser humano em uma série de eventos, como rituais e práticas de caça. Quando examinado de perto, vemos que esse tipo de mural, na verdade, conta uma história. 

Contar histórias é uma prática universal para a experiência humana e, mesmo que não haja provas de que a narração se desenvolveu concomitantemente à própria linguagem, podemos observar isso nos fatos da evolução do homem. A arte de contar histórias sempre foi querida pela humanidade e, ao decorrer do tempo, só aprimoramos essa capacidade criativa. No ano 200 a.C., por exemplo, as fábulas de Esopo, um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga, foram tão lembradas pelas pessoas, que centenas de anos depois, sem um único pedaço de papel ou outro material impresso, ainda eram contadas. 

Como? A narrativa oral era tão poderosa, que as pessoas se lembravam dos contos inteiros e passavam para frente, de geração a geração. Avançando um pouco mais no tempo para 700 a.C., chegamos à primeira história impressa, no caso, esculpida em pilares de pedra para que todos pudessem ver: a Epopéia de Gilgamesh, que foi primeiro criada oralmente na Mesopotâmia e começou a se espalhar para outras partes da Europa e da Ásia. Ao passar dos anos, os contadores de histórias se tornaram figuras muito importantes em suas comunidades e, à medida que as guerras eram travadas e os feitos valentes ocorriam, em vez de simplesmente relatarem o que aconteceu, as histórias começaram a surgir como uma forma de preservar as emoções e a sequência de eventos ocorridos.

Por que as pessoas são atraídas por histórias?

A evolução da narrativa reflete como as pessoas aprendem e se comunicam. Através dela, nas versões orais ou escritas, sempre encontramos um caminho e um propósito. As histórias nos permitem ver como os outros pensam e sentem. Em outras palavras, são um exercício de empatia. Também servem como meio de compartilhar informações, conceitos e temas de uma forma memorável, já que ao contar uma história, em vez de apenas recitar fatos secos, lembramos os detalhes com mais clareza.

Se pararmos para pensar, a própria História da humanidade nada mais é do que uma série de histórias que, quando contadas corretamente, ensinam lições e até entretém. Sem as narrativas, nunca aprenderíamos com nossos erros ou saberíamos sobre quem foram os heróis do passado. Só existiria o agora, sem noção do antes e sem caminhos para pensar o futuro.

Abrace a arte de contar histórias

Hoje, contamos histórias por meio de vários métodos, misturando ilustração, palavra escrita e narração oral. O que começou lá naquelas cavernas evoluiu para um método de explorar as emoções, desenvolver o vocabulário e fortalecer a cognição de crianças a adultos. A arte de contar histórias segue importante, não apenas para ouvir, mas também para falar. Que tal juntar a família na sala e contar uma história única e divertida, bem particular da vida de vocês? As crianças vão adorar saber como os pais se conheceram, como era a casa dos avós enquanto o pai ou a mãe cresciam, quais são as primeiras lembranças de cada um de vocês e por aí vai… Se precisar de inspiração, a nossa loja virtual é recheada de bons livros com narrativas emocionantes para todo mundo se divertir. Acesse aqui!

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