Vamos todos cirandar! Brincadeiras de roda

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Crianças adoram brincadeiras de roda! As famosas cirandas são extremamente versáteis, podendo ser brincadas na escola, na rua e no condomínio, com outras crianças e com adultos, além de ajudarem bastante no desenvolvimento infantil.

Conheça um pouco da sua história e se inspire na hora de brincar com os pequenos!

Origem das brincadeiras de roda

As danças circulares estão presentes em diversas culturas como forma de celebrar os momentos da vida e unir as pessoas. No Brasil, isso não seria diferente. Aliás, devido à nossa pluralidade cultural, temos muitos exemplos de danças circulares, como as danças indígenas, a capoeira, a quadrilha, o samba de roda e, claro, a ciranda.

A ciranda é uma tradição popular dos estados de Paraíba e Pernambuco, apesar de já ter se difundido por todo o país. Acredita-se que tenha origem ibérica, sendo trazida ao Brasil pelos portugueses por volta do século XVIII.

Esta dança remonta à Ilha de Itamaracá (PE), onde era praticada por trabalhadores rurais, pescadores e operários de construções. Na década de 1970, a ciranda se propagou por Recife e Olinda, e começou a se tornar um produto turístico por conta dos chamados festivais de ciranda.

Hoje em dia, a atividade também é muito associada às brincadeiras cantadas e de roda aplicadas na Educação Infantil, tendo como vertente a ciranda infantil.

Veja também: Brincalelê! Gire, recorte, movimente, desenhe e cole!

Características da dança ciranda

A ciranda tradicional é acompanhada dos instrumentos zabumba (um tipo de bumbo), ganzá, maracá, caracaxá (espécies de chocalho) e tarol (uma caixa). Pode incluir também cuíca, pandeiro, sanfona e instrumentos de sopro. O ritmo é bem marcado para ser facilmente acompanhado pelos pés dos cirandeiros durante a dança.

Eles mantêm o pé esquerdo à frente e balançam os ombros enquanto seguem o movimento da roda. Esta pode ser coreografada ou improvisada, sendo os passos mais conhecidos a onda, o sacudidinho e o machucadinho.

A importância da ciranda infantil

A ciranda encanta o público infantil porque, além de ser alegre e divertida, é um importante instrumento pedagógico.

As brincadeiras de roda auxiliam no desenvolvimento da consciência corporal e no fortalecimento da coordenação motora dos pequenos, assim como aumentam o sentimento de pertencimento e o respeito ao coletivo. Acompanhar as canções durante a atividade também contribui para o desenvolvimento da noção de ritmo e de musicalidade.

É por isso que Lia ama uma ciranda! A personagem da autora Rosinha encontrou uma concha na praia e, a partir disso, descobriu o incrível mundo da nossa cultura popular na obra “As cantigas de Lia”. Fica a dica de leitura para que outras crianças também conheçam essa tradição.

Leia também: Hora de ir para a cama: cantigas de ninar e histórias infantis para dormir

Cantigas para acompanhar as brincadeiras de roda

Não poderíamos deixar de fora algumas cantigas para você se animar, chamar as crianças e puxar a roda! Comecemos pelo clássico: 

1. Ciranda, cirandinha

Ciranda, cirandinha

Vamos todos cirandar!

Vamos dar a meia volta

Volta e meia vamos dar

.

O anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou

.

Por isso, seu/dona (nome de um participante)

Entre dentro desta roda

Diga um verso bem bonito

Diga adeus e vá se embora

2. A canoa virou

A canoa virou

Por deixá-la virar

Foi por causa da Maria

Que não soube remar

.

Se eu fosse um peixinho

E soubesse nadar

Tirava a Maria

Do fundo do mar

.

A canoa virou

Por deixá-la virar

Porque se eu mergulho

Eu vou me molhar

.

Se eu fosse um peixinho

Mas como eu não sou

Não posso nadar

E a canoa virou

3. Peixe vivo

Como pode o peixo vivo

Viver fora da água fria

Como pode o peixo vivo

Viver fora da água fria

.

Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua, em a tua companhia

Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia

.

Os pastores desta aldeia

Já me fazem zombaria

Os pastores desta aldeia

Já me fazem zombaria

.

Por me verem assim chorando

Por me verem assim chorando

Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia

Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia

4. Sambalelê

Sambalelê tá doente

Tá com a cabeça quebrada

Sambalelê precisava

É de uma boa lambada

.

Samba, samba, samba ô Lelê

Samba, samba, samba ô Lalá

Samba, samba, samba ô Lelê

Pisa na barra da saia ô Lalá

Essas brincadeiras cantadas, além de tudo, criam muitas memórias afetivas! Quem não se recorda de alguma cantiga com muito carinho? 

A cantiga amada pela autora Rosinha é “A loja do mestre André”! Assim, ela escreveu um livro infantil de mesmo nome para ensinar os pequenos leitores em alfabetização sobre os instrumentos musicais e o poder dos sons na nossa vida.

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