Brincalelê! Nossa família inventadeira de histórias. Histórias que viram brincadeiras, brincadeiras que viram histórias, com dicas de Penélope Martins.
Brincalelê! Cri, cri! Piu! Vupt!
Você sabe o que é uma onomatopeia?
Palavra esquisita e engraçada, não é mesmo? Pode ser que você tenha se lembrado de centopeia ou epopeia, e pode ser até que isso não seja por acaso, afinal, as duas palavras terminam do mesmo jeitinho que a primeira.
Isso rende uma boa pesquisa para as crianças curiosas. Mas, e os pequenos, os bebês, será que eles se interessam por onomatopeias?
O que é onomatopeia?
As onomatopeias são palavras que imitam um som ou a forma de dizer alguma coisa, e elas estão presentes na maneira como ensinamos as crianças a balbuciar suas primeiras palavras.
– Olha lá o miau! – a mamãe aponta mostrando o gatinho.
– Quer papá? – pergunta o papai segurando a tigela de sopa.
Com essa mistura de letrinhas, que ajudam a desenhar o “beabá” da comunicação verbal, começamos a compreender o mundo desde muito cedo. Identificamos e nomeamos as coisas, também, a partir da potência do som que elas fazem.
Os sentidos aguçados por estímulos sonoros ativam o radar de percepção e, logo, o reconhecimento das informações faz a mágica acontecer dentro da nossa cachola!
É por isso que os sons acompanham todo o desenvolvimento infantil e continuam na trilha sonora das nossas vidas!
Agora, que tal parar de falatório para começar uma brincadeira barulhenta, hein?
Agora é sua vez!
Vamos preparar o equipamento, buscando em casa vários elementos sonoros.
Por exemplo sino, tampa de panela, violão, apito, canudo de papelão, chocalho ou colheres de madeira.
É muito bom testarmos os materiais inusitados para fazer som, como a chaleira para soprar, ou, um pedaço de conduíte, que faz som de ventania quando girado com força.
Lembre-se que vale tudo, até esfregar lixas de unha!
Vamos nessa?
Muito fácil de brincar: a turma toda fica de costas e uma pessoa fica responsável por fazer um som.
Ninguém pode espiar. Terão que adivinhar de onde veio o som e com qual material foi feito.
Mas não acaba por aí. Depois de adivinhar o som, os brincantes da família terão que inventar uma onomatopeia especialmente para ele, uma palavrinha, ou palavrona, que imite sua sonoridade.
É bem legal anotar todas as palavras criadas explicando seu significado.
Por último, todos podem ensaiar uma música com essa “Banda Sonora Diferentona”.
Um toca sino, outro sopra chaleira, alguém bate com colheres de pau no fundo de uma panela, esfregar as mãos também vale, e tudo mais que quiserem inventar.
Será que vai dar rock, samba ou forró? De todo jeito, a diversão estará garantida.
Dica de leitura Brincalelê!
Tem sonzeira para todas as idades na prateleira da Editora do Brasil, leituras saborosas – opa! – tilintantes.
Para os bebês, a Coleção Lá Lê Li deslize e Ache, é perfeita para contar histórias e imitar sons, além de trazer outra brincadeira de esconde-esconde com abas e encaixes no livro que guardam segredos nas histórias.
Os livros são cartonados e coloridos, e dá vontade de ficar abraçadinho com cada um deles (ou com todos de uma só vez).
Para as crianças maiores, a recomendação é o livro VUPT, de João Luiz Guimarães e Ionit Zilberman, um conto bem humorado e muito curioso, que reúne imaginação e investigação científica na mesma página, afinal, “Vupt” testa todos os limites e não vai deixar que o descubram até… (não pensa que vou dar spoiler).
Aproveite!!