Consciência Negra: livros para uma educação antirracista

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, chama a atenção para reflexões diversas acerca do racismo. Entre eles, a urgência de se praticar a educação antirracista como forma de obter novas perspectivas sobre como esses sistemas privilegiam injustamente segmentos específicos da sociedade, operando inclusive na vida pessoal e profissional.

Educação Antirracista

O racismo se tornou crime inafiançável em 1984. Mas práticas, hábitos, situações e falas estão presentes no dia a dia da população que promove, mesmo sem a intenção, o preconceito racial. Isso é o que chamamos de racismo estrutural. 

Neste cenário, a escola é uma importante ferramenta de ajuste da sociedade. É no ambiente escolar e desde a infância que se pode iniciar o combate a esta realidade que, muitas vezes, se torna cruel.

A educação por meio de uma lente antirracista significa ajudar aos alunos a entender as origens e os disfarces do racismo na escola, na sociedade, passado e presente, para que possam agir para interromper, em vez de perpetuar, a supremacia branca. E, mais uma vez, a literatura pode ser uma grande aliada nessa quebra de padrão da sociedade. 

Selecionamos cinco títulos para auxiliar no início desta importante jornada.

Livros para abordar o racismo na escola e em casa

1 – Racista, eu?

RACISTA, EU? - AFROBRASILIDADES E A LUTA ANTIRRACISTA

O livro é uma proposta ao pensamento e debate a respeito do tema, contribuindo para a transformação social e permitindo a conscientização sobre o racismo e a desconstrução de suas estruturas. Com uma proposta teórica consistente e cuidadosa, que estimula  a reflexão, torna-se uma leitura essencial nos dias atuais.

2 – Frederico, Frederico…

FREDERICO, FREDERICO...

A narrativa conta a história do menino Frederico que só enxerga oportunidades no mundo. Dentro desta perspectiva, o garoto decide que vai ser doutor. Na visão dele, todos podem tudo. Sim, é só acreditar. O livro é uma belíssima reflexão sobre identidade, negritude, racismo e empoderamento.

3 – Vento Forte de Sul e Norte

VENTO FORTE, DE SUL E NORTE

O racismo e a homofobia estão na discussão central deste livro. A personagem é a menina Luísa, que enfrentou várias situações  desde criança, mas a amizade e o amor farão Luísa tornar-se forte para aguentar os ventos do sul e do norte.

4 – Aos Dezesseis

AOS DEZESSEIS

Uma história de ficção, baseada em eventos e pessoas reais. O livro fala sobre o alvoroço causado pela integração de nove estudantes negros em um liceu de alunos brancos, em uma cidade do sul dos Estados Unidos, no ano de 1957.  Apesar de uma narrativa de tempos passados, o texto continua extremamente atual, propondo uma reflexão profunda sobre racismo, preconceito, ódio e direitos humanos.

5 – Meu avô, os livros e eu ou como resistir em tempos incertos

MEU AVÔ, OS LIVROS E EU OU COMO RESISTIR EM TEMPOS INCERTOS

Este livro é um diário de viagem durante a pandemia. Mas não é a viagem nos moldes que conhecemos e sim uma viagem literária da neta Natália a convite do avô. Os dois registraram a aventura que viveram juntos, viajando por páginas e temas que incluem racismo e representatividade tendo como pano de fundo o momento delicado que o mundo atravessou com a pandemia.

Confira também: Livros com protagonistas negras: entenda a importância da representatividade na literatura

Dia da consciência negra: por que dia 20 de novembro? 

A escolha oficial do dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra aconteceu em 2003, com a inclusão no calendário escolar como uma efeméride, ou seja, data de acontecimento importante na história. Já em âmbito nacional, foi instituído mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, quando se tornou feriado em cerca de 1 mil cidades em todo o país e nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio de Janeiro por meio de decretos estaduais.

O motivo da escolha da data foi pelo fato de que no dia 20 de novembro de 1965 morreu Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes na luta pela libertação do povo negro da escravidão. O sistema escravista foi a forma de relação social de produção no Brasil desde o período colonial até próximo ao século XIX, quando terminou o Império. Os negros eram trazidos da África em navios e transformados em escravos pelos colonizadores, tendo sua mão de obra explorada, uma vez que os europeus do Brasil colonial entenderam que o negro tinha uma força de trabalho mais eficiente que o indígena. 

Ficou interessado em saber como a literatura pode apoiar no processo de educação antirracista? Todos os livros indicados estão disponíveis na loja virtual da Editora do Brasil, assim como muitas outras histórias que divertem, ensinam e promovem a reflexão sobre temas sensíveis e necessários como o racismo.

POSTS RELACIONADOS

TikTok
@livrissimo Prepare-se para uma viagem ao passado com um toque de futurismo! 🌌 Neste texto da coluna "Pega a Visão", a autora Penélope Martins nos apresenta as inovações visionárias de Júlio Verne, um dos grandes mestres da ficção científica. 📚 Confira em: https://bit.ly/3NQwYCb #Livríssimo #PegaAVisão #JúlioVerne #FicçãoCientífica #FYP ♬ som original – Livríssimo
Mais lidos
Newsletter

RECEBA POR EMAIL