Saúde mental entre crianças e jovens: a importância dos pais ficarem atentos

O tema sobre saúde mental entre crianças e jovens foi incluído pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em 2021 no Tratado Brasileiro de Pediatria, considerado o principal livro direcionado aos pediatras e médicos responsáveis por cuidarem de jovens até os 18 anos de idade. 

Muitas vezes, nós supomos que a infância e adolescência são períodos da vida em que não há grandes preocupações, mas pode não ser bem assim. Aproveitamos o tema deste mês “Setembro Amarelo” para um convite à reflexão e alerta aos pais e filhos. 

Cuidando da saúde mental de crianças e jovens

Assim como os adultos, as crianças e os adolescentes têm diferentes formas de se comportar. Enquanto alguns são tímidos, outros adoram ser o centro das atenções. Pode ser difícil dizer se o comportamento de uma criança ou de um jovem é apenas parte do crescimento ou algo que merece atenção. Mas se houver sinais e sintomas comportamentais que se repetem por semanas ou meses, interferem no dia a dia em casa, na escola ou com amigos, é preciso uma avaliação com um profissional especializado em saúde emocional infantil e adolescente. 

Dicas de como criar filhos emocionalmente saudáveis 

Segundo uma  pesquisa da Unicef, pelo menos uma a cada sete crianças e jovens de 10 a 19 anos, convive com algum problema de saúde mental diagnosticado em todo mundo. Você deve estar se perguntando o que fazer para prevenir esta situação e nós preparamos algumas dicas que podem te auxiliar: 

  1. O vínculo afetivo é um dos grandes aliados neste processo: é importante que você reserve um tempo de conversa com seu filho para ouvir e investigar se há algum conflito que ele está enfrentando e entender como podem resolver juntos. Se você tem o hábito de levar seu filho à escola, o caminho pode ser um desses momentos. Outra maneira é durante as refeições, a leitura de um livro, ouvir uma música ou qualquer outra atividade de lazer;
  2. Fale sobre sentimentos e demonstre suas emoções: além de criar conexões de confiança e segurança, isso vai te ajudar a reconhecer quando seu filho estiver com alguma dificuldade em expressar o que sente, principalmente, se for algo que o chateia;
  3. Mantenha o equilíbrio entre limite e liberdade: respeite os limites pessoais do seu filho, que vai precisar cada vez mais de privacidade, liberdade e independência à medida que amadurece.

Para completar,  vamos deixar uma indicação valiosa  de um livro sobre saúde mental, tema que tratamos aqui: “Há sempre um sol“. A autora Giselda Laporta Nicolelis fala a respeito do assunto em um texto repleto de sensibilidade. Ao lerem, além de aprenderem sobre os desafios e oportunidades em lidar com a saúde emocional, poderão passar mais tempos juntos e criarem laços de afeto para a vida toda. 

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