Como saber se tenho ansiedade na adolescência?

A ansiedade na adolescência se tornou mais presente na sociedade devido à pandemia de covid-19. Segundo uma matéria do Estadão, 6 em cada 10 jovens entre 15 e 29 anos relatam passar pelo quadro. Em 18% dos casos, ela vem acompanhada de depressão.

E você, o que tem sentido?

Sim, é natural ficar nervoso, ansioso ou agitado em algumas situações da vida, principalmente na juventude. Em provas escolares e falas em público, por exemplo, isso é muito comum. 

Mas precisamos reconhecer os sintomas da ansiedade para perceber se esses sentimentos são algo a mais, distúrbios psicológicos que necessitam da ajuda de especialistas.

Você deve então estar pensando como saber se eu tenho ansiedade? Será que o que eu sinto é passageiro ou pode evoluir para uma patologia? Venha entender mais sobre o assunto.

A ansiedade na adolescência

A ansiedade é caracterizada por sentimentos ruins, provocando medo, preocupação, insegurança, e até sensações físicas de mal-estar e desconforto. O indivíduo tem a impressão de que algo negativo pode acontecer a qualquer momento, chegando a ficar paralisado.

Em alguns momentos, é normal estar nesse “estado de alerta”, mas a ansiedade se torna uma patologia quando os incômodos atrapalham o dia a dia da pessoa, que sente nervosismo extremo mesmo em tarefas cotidianas.

Por exemplo, passa-se por um receio terrível ao frequentar ambientes ou ao conversar com desconhecidos, mesmo que sejam funcionários da escola ou de uma loja. Isso pode indicar TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada).

A ansiedade na adolescência ainda tem um agravante: afeta o desempenho escolar do jovem, que pode pensar na escola como um ambiente hostil e é até capaz de querer abandonar os estudos. 

Alguns estudantes se desanimam ao achar que perderam conteúdos no ensino remoto, além de ter medo de frequentar a escola e ficar doentes ou transmitir a doença para um familiar. Também existe um fator social: depois de um período online, os jovens estão se readaptando à interação com os colegas.

Por isso, uma situação rotineira, ir para a escola, se torna um grande gatilho.

Ansiedade na adolescência: quais são os sintomas?

A ansiedade se manifesta em sensações psicológicas e físicas, incluindo:

  • Respiração ofegante e falta de ar,
  • Taquicardia podendo evoluir a dores no peito,
  • Agitação de pernas e braços,
  • Tremores, calafrios e suor frio,
  • Dificuldade de concentração,
  • Tensão muscular,
  • Tonturas e sensação de desmaio,
  • Enxaqueca,
  • Náuseas e vômitos,
  • Formigamento no corpo,
  • Perturbações no sono, como pesadelos ou insônia,
  • Medo constante,
  • Alterações no apetite.

Mas fique atento! Cada indivíduo é diferente, portanto a manifestação dos sintomas da ansiedade também não será igual em todos. Ou seja, você não precisa ter todos esses traços sintomáticos o tempo todo para ser diagnosticado com um quadro de ansiedade, essas são características gerais da patologia observadas em diversas pessoas.

Converse com seus pais ou responsáveis caso alguns sintomas dessa lista sejam frequentes em seu cotidiano e procure ajuda médica o quanto antes. Não tenha vergonha de se expressar, com certeza você vai perceber que outras pessoas também foram impactadas pela pandemia e vai ser acolhido em uma rede de apoio.

Ansiedade ou TDAH?

A ansiedade na adolescência, ou mesmo na infância, precisa de avaliação profissional por mais um motivo: alguns sintomas da TAG também são, na verdade, indicativos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) ou outras neurodiversidades.

Esses distúrbios são confundidos porque alteram a concentração e o foco do jovem, interferindo em seu aprendizado escolar. A diferença é que, no TAG, a perda de foco é consequência da sensação de nervosismo e preocupação constante, enquanto que, no TDAH, isso se dá por razões genéticas.

Além disso, é comum que pessoas com TDAH também tenham ansiedade, visto que muitas vezes se sentem inseguras ao não entender o que seu corpo está passando. Por isso, o diagnóstico e o tratamento são tão importantes.

Livros com personagens neurodivergentes

Conforme a ciência avança, mais as neurodiversidades são estudadas. Percebemos que elas são bastante encontradas na população e não têm nada estranho ou incomum. Inclusive, seu retrato tem se tornado maior na literatura e na cultura, um grande passo para a representatividade.

Conheça livros com personagens neurodivergentes e perceba que não está sozinho!

1.   Bateria 100% carregada

Danilo é um rapaz que vai mal na escola por ser “hiperdistraído”. Já Ariadne é uma boa aluna que decide fazer vídeos sobre suas leituras na internet, mas precisa lidar com comentários violentos e racistas de um anônimo. Enquanto eles enfrentam seus conflitos, a vida escolar não para. 

Essa narrativa sensível revela as dificuldades do TDAH e a luta contra o preconceito racial, explorando as descobertas mais significativas da adolescência.

2.    10 mil voltas ao meu mundo

Depois dos acontecimentos de Bateria 100% carregada, chegou o momento de se aventurar com a turma do 7º ano. Dessa vez, Júlia e Gustavo vão descobrir a ansiedade na adolescência e a bagunça que ela pode causar. Enquanto ela é uma nadadora talentosa que passa pelo TAG, ele é um jogador de basquete com TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). O importante é que, juntos, eles percebem que o diagnóstico não é o fim do mundo.

Esses livros fazem parte da coleção Cabeça Jovem da Editora do Brasil e estão disponíveis na nossa loja virtual, assim como muitas outras histórias que são grandes exemplos de vida.

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